Mars
Marte, a divindade da guerra, prospera no calor da batalha. Com a proteção do seu escudo mortal, ele empala inimigos com a sua lança lendária. Marte se diverte ao desafiar adversários em uma arena cercada por lanceiros fieis — que não apenas o asseguram de que ninguém escape, mas também permitem que o deus da guerra dite os termos da batalha... independentemente da situação, a torcida está sempre ao seu lado.
Marte, o primeiro filho dos céus, passou uma eternidade travando batalhas sem fim, e testemunhou ainda mais guerras disputadas sob a bandeira do seu antigo nome. Guerras de conquista, mas também de vingança. Às vezes justo, outras injusto... Mas sempre cruel. Assim como o seu pai, Marte sempre saciou os seus impulsos — com inclinações bem mais monstruosas do que Zeus, ele infligiu sofrimentos inenarráveis.
Porém, com o avanço das eras, o egoísmo herdado do seu pai (e comum entre a maioria das divindades — as mesmas que consideravam Marte desprezível) eventualmente foi se esvaindo. Guerras injustificadas não satisfaziam mais os seus desejos. Pela primeira vez, o deus da guerra se questionou por qual causa ele erguia a sua gloriosa lança.
Seguindo o seu destino, chegou à solução facilmente: ele precisava travar guerras por um motivo maior, inspirando mais do que a mera selvageria e sofrimento. Ele precisa tomar posse do manto de liderança, um direito de nascença, pois chegou a hora de acabar com o velho panteão e construir um novo império em cima das cinzas dos deuses antigos. Somente assim, talvez, ele consiga se satisfazer — e evidenciar a glória de Marte para todos.